O Roubo da Preguiça
Correctivo
Desde há um século que o trabalho forçado quebra os seus ossos, magoa as suas carnes, dá cabo dos seus nervos; desde há um século que a fome torce as suas entranhas e alucina os seus cérebros!... ó preguiça, tem piedade da nossa miséria! ó preguiça, mãe das artes e das nobres virtudes, sê o bálsamo das angústias humanas!
Os nossos moralistas são pessoas muito modestas; se inventaram o dogma do trabalho, duvidam da sua eficácia para tranqüilizar a alma, regozijar o espírito e manter o bom funcionamento dos rins e outros órgãos,querem experimentar a sua utilização nos populares, antes de o voltar contra os capitalistas, cujos vícios têm como missão desculpar e autorizar
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