Segundo Andar
Dalva de Oliveira
No segundo andar
Daquele arranha-céu,
Vive alguém a chorar,
Vive alguém a chorar.
E esse alguém
Tem luxo, tem riqueza,
Tem encantos, tem beleza,
Mas felicidade, não tem.
Vendeu o seu amor
E a alma também.
Hoje, de saudade, chora
Quando era pobre e sem vintém.
De que vale a riqueza
Se você na pobreza
Era mais feliz?
Aqui tem esta amiga
Que lhe deu conselho,
Mas você não quis.
Hoje, vive a chorar
De déu em déu,
E ninguém sabe do teu sofrimento
Naquele arranha-céu.
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