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Aquela Que Pertence a Julho

Devendra

Trago na memória o preço do martírio
Faz-se viva nas paginas de minha história .
As marcas no chão de pés e rodas apagam o caminho
Traçado pelo sabor do remorso.

Troque-me pela prata de juno
Medique seus punhos prontos a me apunhalar
Abrace as areias do tempo e tente brindar os
Poucos goles de que lhe restam de sua vida.

O olhar da inocente não mais acordará
Seus braços não mais acolherão minha vertigem
Quem dera seu abraço fosse meu inferno de novo.
O sol brilhará recolhendo as migalhas em mim,em nossa história
Vem beijar minha memória peça pra que eu fique só mais uma vez

Perfumei ovelhas pra que cheirassem ao lobo-mal
Vivo meus dias recolhendo os cacos de nosso universo
Mesmo sendo você um monte de ossos numa caixa
Onde buscarei paixão pra conceber novas idéias?
De que inferno trarei palavras com algum calor ?


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