180º
DNR
Com uma doze na direita, escopeta na esquerda
Subo o morro, três-oitão na cintura
Universos diferentes, troco vidas por reforços
Desço o morro; e nem prisão preventiva
Distintivo à frente, cassetete atrás
Entro no carro disparando nas curvas
Enxergando mais ladrões do que o real
Descendo o cacete e algemando nas ruas
Buscando o vai e vem de uma cintura qualquer
Meto a mão no bolso e dos próprios espinhos
Brota o céu!
Com a grana na direita, tremedeira na esquerda
Subo o morro, coração na garganta
Universos frente a frente, troco sonhos por neurônios
Desço o morro, diversão garantida
Com uma mão na frente e outra atrás
Entro no carro, desfilando nas curvas
Enxergando mais que dois do que é só um
Descendo o suor, misturando as ruas
Com a doze na direita, outro cano na esquerda
Subo o morro 32, desço pra te ver depois
No país da impunidade cassetete dita lei
Distintivo tampa caixão
Quem devia proteger mete medo e desce
Desce o cacete na população
Qualquer droga, qualquer nota
Qualquer conta lá nas cayman
Roubaram a galinha do doutor
Do doutor de colarinho branco
Agora vão ter que prender! O que é isso Brasil?
Agora vão ter que prender!
Não amo ninguém
Nem sei o que é o amor
Não digo amém
Nem sei o que é dor
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