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O Ser do Nada

Dogma

No fim do dia
Lembro-me sempre
De Maria do Mar
Da forma que ela sorria
Do seu triste olhar
Da forma como me dizia
Que o mundo estava só
Que o nada éramos nós
E que nele eu existia

Maria do Mar
Vives na sombra
Vives longe do meu olhar
Com o futuro na penumbra
O silêncio é o teu segredo
A dúvida acompanhada
Pelos olhos da cor do medo
A inocência desnudada

Maria do Mar
Nunca vou saber
Se fugirias de mim
Se estivesses no meu lugar
Hoje deixo-te viajar
Pelas ondas que te criei
Já não há espaço nesse barco
Para te poder acompanhar

Não Te peço para ouvir
Uma letra por dizer
Só que nunca deixes
O Ser do nada morrer

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