Pedras do Ódio

Hoje tenho pena do seu sofrimento
Pois desse tormento também já passei
Tu segue à esmo o negro caminho
Forrado de espinho por onde passei

E as pedras do ódio que em mim atirava
Foram transformadas em buquê de flor
Já me atingiram e me machucaram
Em mim encontraram barreira do amor

Quando te encontrei em tempo de outrora
Recordo agora que te conheci
E por longo tempo fomos conversando
Sempre nos amando alegre a sorrir

Até que um dia por fatalidade
A realidade eu vim descobrir
E foi nesse instante que um mal pensamento
Num triste tormento veio te ferir

Neste labirinto que a sorte traçou
Você encontrou um grande castigo
No trono do orgulho estava sentada
Sempre rodeada por falsos amigos

Mas chegou o dia da realidade
E contra a vontade do trono caiu
E as pedras do ódio que em mim atirava
Em você voltava e hoje te feriu