Vacas Magras
Élio Camalle
Pru quê que tu ta tão seca?
Parece um mandacaru!
Tu que era bela bisteca...
Pru quê que seca ta tu?
Pru quê que tu, quando peca,
Embaixo do teu sinhô,
Parece morta boneca e teu soluço é de dô?
Tu, que era doida moleca,
Em cima da minha cama,
Tu que era cheia caneca de pinga,
Da mió cana
Então, amô, me arresponde,
As tuas carne tá donde?
Pru quê que tu ta tão seca?
Como as cabeça careca
Já foram uma cabeleira,
As vacas, as éguas, as marreca,
No fim, vão virá caveira.
Se inté o açude resseca,
em tempos de estiage,
E os João, os Joaquim e os Jecas ,
Vão tudo segui viage,
O amô às vez tomem seca,
Quando num é de verdade,
E quem foi doida moleca,
agora, sente sodade.
Então, amô, me arresponde,
O teu amô foi pra donde,
Nesses tempo que é de seca?
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