Desorbitando a Senzala
Emmy Cultura Dos Tambores
Aos pés do negro que viveu a lutar contra um inimigo forte
Cruel e fatal realidade vivida a sombra do mau
Jaz a senzala, símbolo de servidão
No passado sim, no presente não
Não negasse a escravidão, fruto de guerra entre o livre e o vilão
Uma batalha pode durar um momento, uma vida
Ou até mesmo séculos de tirania
Mas toda guerra finda um dia
São também frutos da guerra o vitorioso e o vencido
Embora se tenha escondido, o negro foi o vencedor
Prevaleceu sobre a dor e sem respeitar a casa grande
E o barão tornou se liberto pisou na escravidão e se fez cidadão
Justiça, direitos e liberdade
O desorbitar das senzalas
Soldados da humilhação, servidores da desumanização
Foram obrigados no entanto a ver substituir o pranto pela libertação
Valoroso venceu a guerra em terra estranha
Provou que a cor não o diminuía e fez se ícone de valentia
Soberania, sabedoria em sua terra mestiça
Construiu um legado que só pode ser invejado, e por isso é tão discriminado
Trouxe-nos civilização, acrescentou nos um punhado de emoção
E com certeza é pedra fundamental na construção dessa nação
Justiça, direitos e liberdade
O desorbitar das senzalas
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