A Colheita
Francesco de Bartolomeo
Lágrimas ao sol, e o suor a dilatar
Esses poros tão surrados de sofrerem
Lástimas sem dó, tão pior é o teu penar
Nestes olhos tão fechados de não lerem
Foste mais - Eu sei! - um dia mais que confiar
Numa força aguerrida que não vem
Posto nas vis celas, só, em ares antes puros
Sem mar e flores p'ra te socorrerem
Mas vá lutar! É o melhor a se fazer
Quando a tempestade ao fim cessar
De um novo ar o teu peito irá encher
E colherás os frutos no teu lar
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