Sem Protocolo
Francisco Alves
Quase núa, quase morta,
Tu bateste à minha porta e eu te dei pão e amor;
Reparti meu travesseiro e em meu leito de solteiro,
Entrou do sol o calor.
Hoje despertei sorrindo, sem saber que ias fugindo,
Fugindo sem despedida;
E a porta por onde entraste, nem ao menos tu fechaste,
No momento da saida;
Se eu estivesse acordado, talvez ficasse calado,
Pois não me ofende o teu gesto;
Não penses que eu me consolo,
Quem entrou SEM PROTOCOLO, pode sair sem protesto.
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