Fabrício de Oliveira
Galante e Marinho
Lá na minha região
Na fazenda Centenário
Existia um boi arisco
Que foi grande comentário
Seu Fabrício de Oliveira
Do boi era proprietário
A proposta do Fabrício
Pra quem laçasse o mestiço
O prêmio era dez salário
O mestiço foi crescendo
Com o tempo virou touro
A fama dele corria
Até lá pros matadouro
O prêmio do fazendeiro
Era pago em cheque ouro
Fabrício sempre a dizer
Eu pago, mas quero ver
A marca é fino couro
Arriei o meu cavalo
Que estava sempre no cocho
Pois sabia onde encontrar
Aquele mestiço roxo
O lombo do meu cavalo
Eu deixei quebrar de frouxo
O mestiço berrou na rampa
Joguei o laço nas guampas
Acertei, não era mocho
Eu pulei do meu cavalo
Amarrei o tal mestiço
Quando um carro ali freou
Nele estava seu Fabrício
Foi logo me perguntando
Se a parada foi difícil
Respondi, não foi senhor
Com licença, por favor
Vou lhe entregar o serviço
Olha na palheta esquerda
Sua marca verdadeira
Tem um “F” bem gravado
Seu Fabrício de Oliveira
Seu mestiço está quebrado
Mas a carne é de primeira
Seu carro foi bom de breque
Nele o senhor trouxe o cheque
Desculpe da brincadeira
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