Zero Hora
Gangue Morcego
Essas pobres almas que já nascem perdidas
Donas ou não de suas próprias vidas
As torres blasfemam, arrogantemente
Quem sente a fina chuva a lamentar por nós?
Enquanto andamos a sós neste mundo
De sonhos moribundos
Não sabem nada de nós tão a fundo
Eu grito o seu nome e traço o seu rosto
Ligando os pontos nas estrelas de neon
Sigo me embrenhando pela fumaça
Das motos e carros, de armas e cigarros
Em cada esquina, em cada beco imundo
Vidas são traduzidas em segundos
Não sabem nada de nós tão a fundo
Bocas famintas nos becos
Onde latas latem, reviradas
A cidade não respira em paz
Não sei se somos homens ou animais
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