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A Voz do Rio

Gustavo Guimarães

No meio do rio, a tarde chegou
Na margem direita, juriti cantou
Na água escura, joguei meu anzol
Olhei para o céu, mas não vi o sol
O vento soprou, e na brisa fria
Pensei ter ouvido uma voz que dizia

Eu sou o Rio das Velhas
Meu berço é Minas Gerais
Percorro os vales de pedras
Mas estou cansado demais

Remei a canoa, um tanto assustado
Parei em um poço bem do outro lado
Pensava ser fruto da imaginação
No meio do vento, a estranha canção
Lancei meu anzol, caiu na corrente
O rio agitou-se, ouvi novamente

Eu sou o Rio das Velhas
Meu berço é Minas Gerais
A minha água é de todos
Os povos desses arraiais

Então, dessa vez, eu tive certeza
Que era um lamento da mãe natureza
O rio seguia chorando a sua dor
Feito uma criança carente de amor
Recebendo tudo o que vão despejando
Vai morrendo aos poucos, assim se calando

Eu sou o Rio das Velhas
Meu berço é Minas Gerais
Se não deixarem que eu corra
Um dia eu não serei mais


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