Pra Minha Morena
Jader Duarte
Una copla soprou da costa um aroma sul de flor
Meu gateado masca o freio junto á porteira no fiador
Apeiado pito um bueno dum fumo de Camaquã
E na lagoa do fundo ecoa um brado tajã
Nesses finais de lida quando refaço meu rastro
Minha mirada é serena no trono firme dos basto
O passo se multiplica, das espora a cantilena
Meu rancho meu destino pra os braços da minha morena
Vou ao tranco encurtando léguas repontando algum recuerdo
Das madrugadas ternuras no catre dos meus pelego
Os teus olhos na penumbra, luzentes sobre o luzeiro
Refletindo nosso amor na mansidão do braseiro
Assim avisto as casas depois de vencer coxilhas
Ciente do bueno gosto dos teus lábios maçanilha
Ao chegar o teu sorriso pra um campeiro é um alento
Por isso não perco o rumo do aroma destes ventos
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