
Sonhos Se Formam Sem o Meu Consentimento
Jair Naves
No seu olhar, nenhuma compaixão
De uma frieza morta a sua reação
Volumosa aglomeração
Sangue seco e opaco no chão
Dura pouco qualquer comoção
Logo se desfaz distraída a multidão
No seu olhar, nenhuma compaixão
De uma frieza morta a sua reação
Tão indiferente eu fui
Meu pai, perdão
Tão conivente eu fui
Meu pai, perdão
Tão permissivo eu fui
Meu pai, perdão
Tão egoísta eu fui
Meu pai, perdão
Tão vaidoso eu fui
Meu pai, perdão
Tão orgulhoso eu fui
Meu pai, perdão
Tão ganancioso eu fui
Meu pai, perdão
Tão violento eu fui
Meu pai, perdão
Sonhos se formam sem o meu consentimento
Um ato falho
E eu me denuncio



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