De Como Cantar Um Flete
João Luiz Corrêa
Nesta folga domingueira
Trancei um buçal de estouro
Pra amanuciar a meu modo
Essa beleza de Mouro
Lonqueando tentos, cantava
Minha própria confidência
Pra fazer desse cavalo
O melhor dessa querência
Um bocal de tamanduá
Lombilho, cincha e carona
E aquele entono de quebra
Pra levar a Siá Dona
Quem doma sabe o valor
De um flete manso e ordeiro
Valente, doce de boca
Para um aparte campeiro
Pelo fiador do bocal
Que é meu santo protetor
Esse Crioulo de lei
É a alma do domador
O valor de sua raça
Semeará aos quatro ventos
Com a força do seu estado
A bate cola nos tentos
E o Rio Grande que, de longe
Vem montado nesse embalo
Será grato a vida inteira
Às patas desse cavalo
E o Rio Grande que, de longe
Vem montado nesse embalo
Será grato a vida inteira
Às patas desse cavalo
Quem doma sabe o valor
De um flete manso e ordeiro
Valente, doce de boca
Para um aparte campeiro
Pelo fiador do bocal
Que é meu santo protetor
Esse Crioulo de lei
É a alma do domador
O valor da sua raça
Semeará aos quatro ventos
Com a força do seu estado
A bate cola nos tentos
E o Rio Grande que, de longe
Vem montado neste embalo
Será grato a vida inteira
Às patas deste cavalo
E o Rio Grande que, de longe
Vem montado nesse embalo
Será grato a vida inteira
Às patas deste cavalo
Será grato a vida inteira
Às patas deste cavalo
Será grato a vida inteira
Às patas desse cavalo
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