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Volto em silêncio pra beber das velhas fontes
Molhar os pés naquela sanga cristalina
Que logo ali vai desbravar os horizontes
Pra libertar os meus anseios de menina

Cabelos longos, fustigados pelos ventos
Sons de dialetos, vozerio dos parreirais
E o rio inquieto com nostálgicos lamentos
A imitar o cantochão dos ancestrais

Tudo me chama no verdor dessas ramagens
Vales e montes, terras férteis e trevais
Adolescentes os meus sonhos têm paisagens
Que vida afora, não me deixarão jamais

Junto às encostas, meus avós plantaram fundo
As esperanças pra colher tempo melhor
Descortinaram o nascer de um novo mundo
Feito de luta, de trabalho e muito suor

Meu canto tem, a mansidão de lamparinas
Nasceu liberto sem maneia nem buçal
Mas não renega minha origem campesina
Mesclando raças e sonoro madrigal

Tudo me chama no verdor dessas ramagens
Vales e montes, terras férteis e trevais
Adolescentes os meus sonhos têm paisagens
Que vida afora, não me deixarão

Tudo me chama no verdor dessas ramagens
Vales e montes, terras férteis e trevais
Adolescentes os meus sonhos têm paisagens
Que vida afora, não me deixarão jamais

Compuesta por: Nenito Sarturi / Rodrigo Souza. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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