Vale Das Sombras
Linguachula
(Vocês mortos, vivem?)
Viela do vale das sombras
Anjo caído e deposto
Legião da corja a noite é medo
Oceano em fúria, náufragos
Trevas e ondas escuras
O oco sem nome, o breu guardado
Encruzilhadas, crucifixos
As entregas, os que levam, e os que trazem
Viela do vale das sombras
Anjo caído e deposto
Legião da corja a noite é medo
Nos meus olhos de cão, a escuridão do cosmos
Cruzes na estrada, almas com frio
A matilha espantada, latindo frases
Que não devem ser ditas
Meu crânio canino, uivando pra lua
Que não existia, ponto final da última cena
Ó grande senhora dos esqueletos
Ó grande senhora dos esqueletos
Na cova das serpentes, nem o crime nem o creme
Na minha mente vários pentes, carregado até os dentes
Quanta rua liberdade, a mãe do Bairro, a minha cidade
Grafites, groove, guitarras, liberdade
Ouvindo no role só som do bom
Na fuga do estado somos todos refugiados
Império babilônia, disciplina é liberdade
Na cova das serpentes, disciplina é liberdade
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