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Olhos de Luar / Mercedita

Lucas e Luan

Tião era um mulato forte, alegre e destemido
Nasceu do amor feito na terra em meio à plantação
Pegava no cabo da enxada e campeava o gado
Tristeza era coisa que não se via do seu lado

Depois da roça ia pra venda, um copo de cachaça
Cantava, tocava viola e fazia graça
O peito largo, um riso claro, amigo dos amigos
Não tinha medo de ninguém, zombava dos perigos

Um dia ele sentiu no rosto
Os olhos de luar da filha do patrão
E um doce amargo alegre e triste entrou no coração
Tião não era mais o mesmo
Desde que sentiu o brilho desse olhar
Sentiu pela primeira vez vontade de chorar

Mas o feitiço do olhar entrou feito veneno
O olhar da filha do patrão no seu corpo moreno
Ah! Esse olhar tinha mais luz que o Sol do meio-dia
A tentação era mais forte, ele não resistia

Um dia ela chegou mais perto, um raio de esperança
Um homem quando ama fica assim meio criança
E ele então falou de tudo aquilo que sentia
Pediu desculpa por amar assim, quem não devia

E uma lágrima rolou dos olhos de luar da filha do patrão
Seu rosto branco avermelhou na força da paixão
Então o céu chegou na Terra
Quando o amor existe fica tudo igual
E o amor aconteceu no meio do canavial

Mas o orgulho do patrão ainda era mais forte
A honra se lava com sangue, uma jura de morte
O fruto desse amor não pôde ver a luz do dia
À noite o som de um tiro, um corpo cai na terra fria

Mas tudo que aqui se faz, aqui também se paga
A mancha de sangue na terra nunca mais se apaga
Por sete anos, nada mais, nasceu naquele chão
E a noite escureceu de vez os olhos do patrão

Mas quando é noite de luar
Tem gente que já viu em meio à plantação
Um negro levando um menino louro pela mão
Os dois correndo pelo campo
Vão deixando um rastro de luz sem igual
Um rastro de um amor no meio do canavial

Recordo com saudade
Seus encantos, Mercedita
Perfumada flor bonita
Me lembro de uma vez

A conheci num campo
Muito longe, numa tarde
Hoje só ficou saudade
Desse amor que se desfez

E assim nasceu, o nosso querer
Com ilusão, e muita fé
Mas eu não sei por que essa flor
Deixou-me dor e solidão?

Ela se foi, com outro amor
E assim me fez compreender
O que é querer, o que é sofrer
Porque lhe dei meu coração

O tempo foi passando
E as campinas, verdejando
E a saudade só ficando
Dentro do meu coração

Mas apesar do tempo
Já passado, Mercedita
Essa lembrança palpita
Na minha triste canção

E assim nasceu o nosso querer
Com ilusão e muita fé
Mas eu não sei por que essa flor
Deixou-me dor e solidão?

Ela se foi com outro amor
E assim me fez compreender
O que é querer, o que é sofrer
Porque lhe dei meu coração

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Compuesta por: Belmonte / Carlos Colla / Gilson / Ramón Sixto Rios. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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