Num Mês de Agosto
Luizmar Machado
Aqui na estância é mais um dia brazino
De uns três ontontem até hoje não clareou
O frio do inverno tingiu o verde dos campos
E já é certo que agosto se acampou
Do caserio até a primeira invernada
Légua de beiço não descreve o corredor
O gado berra respeitando a invernia
Lambendo a cria amontoada ao parador
Quem salta cedo tauriando o frio nas canhadas
Acostumado ao bate casco a vida inteira
Um poncho bueno um par de botas retovadas
Não corta volta pra um friozito de fronteira
Se no alvoroço a natureza foi mais forte
Vaca entorada entrou o ano prometendo
É mês de agosto nem chegou a primavera
Já caí no pasto a parição que é pra setembro
Um sobreano cortado por sobre lombo
Foi lindo o tombo um derruba outro maneia
O tempo é frio pouco importa a recoluta
Na lida bruta é que se faz linda a peleia
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