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Hora do Adeus

Mariene de Castro

O meu cabelo já começa prateando
Mas a sanfona ainda não desafinou
A minha voz, vocês reparem eu cantando
Que é a mesma voz de quando
Meu reinado começou

Modéstia à parte, mas se eu não desafino
Desde o tempo de menino
Em Exu, no meu sertão
Cantava solto que nem cigarra vadia
E é por isso que hoje em dia
Ainda sou o rei do baião

Eu agradeço, ao povo brasileiro
Norte, Centro, Sul inteiro
Onde reina o baião
Se eu mereci minha coroa de rei
Esta sempre eu honrei
Foi a minha obrigação

Minha sanfona, minha voz, o meu baião
Este meu chapéu de couro
E também o meu gibão
Vou juntar tudo
Dar de presente ao museu
É a hora do adeus
De Luiz, rei do baião

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Compuesta por: Luiz Queiroga / Onildo Almeida. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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