Estrada Afora
Neto Fagundes
Um cheiro de orvalho mesclado com terra
O Sol, sorridente, crescendo horizontes
Um pingo encilhado, uma lágrima solta
Um aceno calado à beira da estrada
E o vento enxugando os olhos
Nesse trote largo, de encontro ao destino
Nem bem sumiste na estrada
E a saudade maleva montou na garupa
Em cada despedida parece que o mundo se acaba
O teu abraço de adeus, levando mais um pedaço de mim
Um dia te levo comigo pra enfeitar meu rancho
Com o amor que me tens
E um rio de felicidade da tua presença
Não mais secará
Me espera, morena, não vou te esquecer
Mas tenho que ganhar o mundo
E construir meus sonhos, pra poder te ter
E saio pela estrada afora
Com essa garganta e o meu violão
Levando alegria aonde passo
Pra ganhar a vida
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