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A Fuga da Mariquinhas

Nuno de Aguiar

Depois do tal leilão
A Mariquinhas, com fé
Deu-se d'alma e coração
Ao Porto, e vive na Sé

Com as tralhas no passeio
Sobre a troça das vizinhas
Enervada, a Mariquinhas
Sem medo do devaneio
Zangada tirou do seio
Um antigo medalhão
Saudosa recordação
Que guardava com amor
Seu derradeiro valor
Depois do tal leilão

Não fazendo caso delas
Passou pelo penhorista
E com o dinheiro à vista
Foi à feira de Odivelas
Com a maior das cautelas
Comprar em boa maré
Um *burro* cor de café
E pedindo a Deus mais sorte
Pôs-se a caminho do norte
A Mariquinhas com fé

O *burro* tinha manias
Era teimoso, era torto
Mas lá chegaram ao Porto
Ao cabo de quinze dias
Pondo fim às arrelias
A Mariquinhas, então
Alugou um rés-do-chão
Com o resto do dinheiro
E àquele pardieiro
Deu-se de alma e coração

Como viu valer a pena
E até gostava do ócio
Tratou de arranjar um sócio
Que é um tal Gil de Vilhena
Que de mão firme e serena
Sabedoria e gajé
Pôs o fado ali de pé
Hoje em dia a Mariquinhas
Deu o cofre e as tabuinhas
Ao Porto, e vive na Sé

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Compuesta por: Popular *fado mouraria* / Torre da Guia. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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