O Choro do Pajé
Oliveira Santos
Menino horrível na beira da estrada
Seguindo gana sem nada a dizer
Perambulando caminhos contrários
Em um mar escuro, o medo do nada
E vai moldando caminhos que a trilha deixou-o seguir
Menino horrível indo á montanha
Buscar sossego com o pássaro Deus, ele
Encontrando um pouco de paz
Do alto ver o rastro do homem demasiando o reflexo
Do seu próprio ser ruim
Sem direção os meus pés seguem a luz
Somos o ó por que o sábio quis assim
Todos temem o demasiado desface além da máscara
E o pajé me disse ocasionalmente que sempre era feliz
Daí veio o homem branco e ferrou com toda a sua aldeia
E o riacho que sempre cruzava seu rumo
Agora chora sangue de lágrimas vermelhas
Desvendando assim, a ira e a chama do Deus trovão
Transformando por si só
O menino horrível em homem brando atual
Menino horrível sem solução
Crescendo e vendo o mundo homem ferido
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