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Sou Prisioneiro

Paiozinho e Zé Tapera

Como é triste viver nesta grade
Sem ter o direito de ver o Sol que ilumina o dia
Hoje não tenho mais liberdade
Matei a mulher que eu tanto amei porque me traía

Horas amargas passo chorando
Sempre pensando
Por que esta mulher foi assim proceder?
Todo o seu erro quem paga sou eu
Mas lá no céu pergunte à Deus
Se eu não fui sincero para você

Chega aos domingos, dias de visitas
Hora maldita quando os amigos vem visitar
Junto com eles vem meu filhinho
Me pede a bênção e pela grade vem me beijar

Lágrimas rolam pelo meu rosto
Tanto desgosto
Para um pai que tem coração
Vendo chorar esta pobre criança
Órfão de mãe, que triste infância
Vendo o seu pai aqui na prisão

Parece ver-te em meu pensamento
Todos os momentos maldigo a hora da nossa união
Não suportando o sofrimento
Peço a morte para livrar-me desta prisão

Irá meu corpo para a sepultura
E a minha alma irá a sua procura
Onde estiver
Terás remorso ao meu ver a teu lado
E saberás que eu morri condenado
Porque amei uma falsa mulher

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