Casa Antiga
Paulo Henrique David
Beirando a cerca sete fios de pouco espaço
Pela estrada da fazenda onde eu morava
Um mata burro, uma cancela, uma porteira
Uma colônia tudo aquilo que eu gostava
O Sol brilhando o capim todo orvalhado
Feito os meus prantos que meus olhos derramavam
Sobre as imagens que formaram na penumbra
E para longe a distância carregava
A jardineira que passou e foi embora
No pó da estrada os meus sonhos se apagaram
Adeus estrada que separa o meu passado
No triste rumo que levou a minha vida
Guiou meus passos desde os tempos de criança
Mais já não posso retornar a casa antiga
E o que me resta é contemplar aqui distante
Velhos cenários e momentos de saudade
Um paraíso que mostrou o meu aflito
Vem nos meus olhos desde a minha mocidade
O Sol dos lírios debruçou e foi embora
Da minha vida levou a felicidade
Desde o início que encontrei a desventura
Vendo o horizonte entre os prédios da cidade
No descaminho busco a paz que foi embora
E foi tão longe ao cair do Sol da tarde
Adeus estrada que separa o meu passado
No triste rumo que levou a minha vida
Guiou meus passos desde os tempos de criança
Mais já não posso retornar a casa antiga
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