Ribeiro Lento
Pedro Bento e Zé da Estrada
Ribeiro, ribeiro lento
Teu desalento me causa dor
Corres batendo nas pedras do teu leito
Como bate o peito de quem tem amor
Não chores tanto, transforme o pranto
Num lindo canto, vibrante e sem par
Se sentes mágoas porque tuas águas
Vão pro rio grande nele despejar
Esse coitado chora mais magoado
Porque suas águas correm para o mar
As nossas vidas, tristes pungidas
São mal vividas como a do ribeiro
Uns acham graça quando uma desgraça
Bate estardalhaça á porta de um terceiro
Esse coitado olha pro passado
Vê que tristes fados correm o mundo inteiro
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