Subjetivo
Petrus Carvalho
Ele que é cheio de borda
Que é cheio de voltas
Vira e mexe repete
Petição de um repente
Que de repente surpreende-se
Com a novidade do óbvio
Se sempre o verde provém
Do azul e amarelo
Como um prisma obscuro
Zoando ruídos difusos
Multicoloridos profundos
Edifica um castelo
Nele nada tem um lado
Sente-se abandonado
Com uma libra de carne
Paga o preço e faz arte
Nada nele é curado
Ele é um buraco
Não tem nada de objetivo
Parece sempre perdido
Fácilé confundido
Veste máscaras estranhas
Tudo nele é entranha
Sujeito subjetivo
Faz arte todos aqueles que
Querem enxergar e ver
Poesia faz da noite um dia e
Tenta prever
E repete num fuso quebrado
O tempo que esquece passar
Olha o mundo do lado de lá
Morre de medo da morte
Roga preces pra sorte
Se defende, se culpa
Por coisa incompreendida
Ignora que a morte
Faz poesia na vida
Ele precisa do amor
Mas tem medo da dor
É caule, espinho e for
Ele tem medo do amor
Como quem busca um torpor
Ele precisa da dor
Faz arte todos aqueles que
Querem enxergar e ver
Poesia faz da noite um dia e
Tenta prever
E repete num fuso quebrado
O tempo que esquece passar
Olha o mundo do lado de lá
Faz arte todos aqueles que
Querem enxergar e ver
Poesia faz da noite um dia e
Tenta prever
E repete num fuso quebrado
O tempo que esquece passar
Morre de medo da morte
Olha o mundo do lado de lá
Roga preces pra sorte
Roga preces pra sorte
Ele conta com a sorte para
Não sucumbir
E sonha com um amor
Mas tem medo da dor
Ele sonha com um amor
Mas tem medo da dor
Ele busca o torpor
Ele precisa da dor
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