
Pra Os Dias Que Vem
Luiz Marenco
O tempo insiste, me cobra seu preço
Das coisas que, ontem, a vida me deu
Não sabe que a vida se mostra a seu modo
Do jeito mais simples que a alma aprendeu
Me bastam silêncios, me apego à distâncias
Cavalo de tiro e estrelas de esporas
Um claro horizonte com rumo de estrada
E vistas que alargam meus olhos de agora
Meu tempo é de hoje e, pra sempre, me leva
No tranco do Baio de cada manhã
Pois domo meus potros com mãos de paciência
E amanso a querência prevendo o amanhã
Lembrança de um tempo que adoça a alma
E amarga a saudade, teimando em marcar
O hoje tem jeito de adeus e passado
Que cruza depressa, sem desencilhar
Componho meus dias por esta existência
Antiga e tão minha que, ao tempo, remoçam
Meus olhos de estrada campeiam o amanhã
Tentando ser ontem, embora, não possam
Meu pingo é de hoje e pra sempre me leva
Na calma dos bastos, no tranco que tem
Encilho meus Baios com jeito e tenência
E cuido a querência pra os dias que vêm



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