Milonguita
Poços e Nuvens
Olho da minha varanda
O dia que escorre
A carícia das horas que passam
Espero alguma notícia
Que chegue de longe
E conforte um pouco a saudade
Te vejo num Belo Horizonte
Que eu nunca vi
Queria te ter por aqui
Para o mate da tarde
Hora que eu sinto
O centro de tudo em mim
Tempo, o vento ainda sopra
Entre as coxilhas e vales
Riachos e estradas
Tangos, tragédias na noite
Teu aniversário, as flores
Poema e risadas
Quintana espreita os fantasmas
E grilos na noite encantada
Borges, Ramil e milonga
Se fundem no frio
Coisas que temos
E fazem de nós
O que somos
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