Estórias
Polo Norte
Ao fundo desta rua
Vila em solidão
Avenidas dispersas por portas, travessas
Sem espelhos para ver o que são
Na ronda das famílias
Sem solução
Apontando as falhas com grandes navalhas
Sem saber de quem a razão
As normas sociais
São pura recreação
Pela frente são todos tão bem e tão certos
Mas por trás ninguém tem razão
Voltar a ter, minha liberdade
Contra o poder, a verdade
Vivo, escolho por mim
Voltar a ter, minha liberdade
Contra o poder, a verdade
Vivo, escolho por mim
E vejo-os nesta vida
De prostituição
Ao largo do largo na tasca e no adro
Têm todos bom coração
Hipocrisia da inveja
A corroer
No supermercado ou na noite do fado
Os segredos vão morrer
Fujo para casa no alto
Vou-me recolher
Longe da terra da gente que levas
E trazes para te conhecer
Voltar a ter, minha liberdade
Contra o poder, a verdade
Vivo, escolho por mim
Voltar a ter, minha liberdade
Contra o poder, a verdade
Vivo, escolho por mim



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