Lamento
Ramão Missioneiro
Meu lamento de poeta,
De cantor e guitarreiro
É por ver a natureza
Consumida por dinheiro
Meu canto pede atenção
Aos filhos desta nação
E ao meu povo missioneiro!
É arado rasgando fundo
Todo o verde da colina,
É muito desmatamento,
Na minha terra sulina.
São tantos e tantos danos...
Que dentro de poucos anos,
O nosso mato termina.
E quando vou pra cidade
É cada vez mais poluição
E o político influente
Faz descaso a situação.
Só pensa em desviar dinheiro
E vender pro estrangeiro
O que é nosso meu irmão.
Meu lamento é de saudade
Dos banhos lá no lajeado;
Da piazada em alarido
Pescando piava e pintado.
Em águas que eram puras,
Havia vida e fartura
Hoje está tudo mudado.
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