O Quarto e Ela
Serginho Feijó
O quarto está fechado e ela
Ainda vê o mundo do canto da janela
Enquanto espera a hora de se abrir a porta
Que a levará a um louco corredor
Lá dentro ainda estão guardados
Seus brinquedos de criança, junto aos livros da escola
Tantas histórias e lembranças, tantos sonhos
Já vividos sob o quente cobertor
Doces suspiros recheados de amor
Tantos abraços, tanto calor
Risos para o dia que virá
Quando se abrir a porta, talvez seja devagar
A luz que entrará
Revelará ao mundo os seus olhos negros
Tão profundos quanto a água do mar
Talvez a porta se escancare
E ofusque o seu olhar
E mesmo que ela se assuste, pare e não repare
A sua luz foi feita pra brilhar
Doces suspiros recheados de amor
Tantos abraços, tanto calor
Risos para o dia que virá
Sempre estarão por perto
Não importa aonde for
A sorte, a paz, a esperança, a alegria
E os braços fortes do seu anjo protetor
Doces suspiros recheados de amor
Tantos abraços, tanto calor
Risos para o dia que virá
Ela seguirá sorrindo
Algumas vezes vai chorar e sempre lembrará
De respirar e desejar profundo
De ter no mundo o seu quarto pra sonhar
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