Falando Com a Chuva
Silveira e Silveirinha
Chuva que cai sobre as matas
Não seja assim tão ingrata
Cai também no meu jardim
O seu pranto enfloresce
A beleza resplandece
O meu tudo entristece
Ao sair dentro de mim
Me permita lhe dizer
Pra você compreender
Chuva amiga do jardim
O amor transforma em rosa
Cada vez mais perfumosa
Na saudade é dolorosa
Quando ama igual a mim
Me responda claramente
Será que ela não sente
O mesmo que eu sinto agora
Aquela rosa bonita
Com seu vestido de chita
Deixou a palavra escrita
Disse adeus e foi-se embora
Talvez na terra fria
A minha alma vazia
Tristonha e desiludida
Possa ter felicidade
E o tédio que invade
Minha alma sem piedade
Deixarás me nesse dia
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