O Andarilho
Velhos Medos
Sou aquele que anda pela noite do infinito pensamento
Um velho medo a espreitar
Sou aquele, a ilusão que te fascina
Um sentido que domina a imperfeição do seu pensar
Sou aquele, o mestre da solidão
Meu coração é isolamento, e a escuridão vai te mostrar
Que eu sou aquele que te entrega um novo mundo
Num instante, num segundo e os teus olhos abrirá
Estou aqui neste lugar onde o todo existe
E esse erro de minha alma triste
É só um pedaço do meu coração
Estou ciente, mesmo que eu queira, eu não vou mudar
Não sou daqui, sou de nenhum lugar
Sou um ninguém, um caminho sem chão
E vou cantando e minha voz ecoa no vazio
O meu olhar distante, triste e frio
Já anuncia o fim dos passos meus
E caminhando, sigo a trilha da contradição
O medo corta a alma e o coração
Preparo o último adeus
E quantos mundos morrerão dentro de mim
Sem que eu nunca diga nada?
E quantos mundos morrerão dentro de mim?
Enxergo os passos que me levam pro fim desta estrada
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