A Vereda
Victor Carvalhoso
Eu vim à desaguar
Veredas em tianguá
O pé na noite perderá
Nunca se encontrará
Nas ruas escuras: Clara
Procura o seu rosto na lua
A pele branca andava nua
Vi nas veredas a chorar
Um rio que à inundará
Sol que não cresce
No turvo da noite
E a mata aparece
E é onde termina tudo
O verde é a criatura
E as feridas são as ruas!
Dentro do buraco da alma
Selaram toda a sua mágoa
Vi clara, perdida
Dentro das entranhas do monte
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