Rodeio Das Entoradas
Alma musiqueira
Aperto a cincha e alço a perna
Na primavera, fim de setembro
Nos campos limpos de boa aguada
Uma invernada parar rodeio
Vejo uma ponta costeando a sanga
E uma poleanga apura o cio
De uma novilha, florão de pampa
Que traz na estampa, um ventre vazio
Pego-lhe o grito numa canhada
E dentro do mato, vai retumbando
Salta uma ponta de rês falhada
Direto à aguada, vai retoçando!
Mugindo o gado, busca a coxilha
E um touro pampa num jeito guapo
Ritual de campo que se alvorota
Costeando a grota, sente o olfato!
A marcha segue, rumo ao saleiro
E pra um campeiro, é lindo ver
O Sol saindo e um vento quente
Que toma a frente, no amanhecer
Somente a estância, assim torena
Retrata a cena rudimentar
Parar rodeio com a ciência
E não muda a essência do natural
Cincho, avanço o tempo antigo
Pelos rodeios das entouradas
Apara, colhe e aparta o lote que segue
Ao trote pra outra invernada
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