De Campo Mangueira e Galpao
Fábio de Oliveira
Antes que o pavio do Sol
Se inflame no nascente
Me levanto, bem contente
Lavo a cara na gamela
Ouço os galos tagarelas
E no pé do camboatã
Trina alegre um sabiá
Na manhã que nasce bela
Eu atiço o pai de fogo
Que se acorda, de vereda
Dando vida às labaredas
Que passeiam sobre as brasas
Nos avios eu já dou vaza
E palmeando a cuia antiga
Eu tenho, na seiva amarga
O chimarrão que me apraza
Sou da terra missioneira
Eu sou gaúcho sulino
Repontando o meu destino
Na terrunha condição
De amar este meu rincão
Nesta gana prazenteira
Honrando a lida campeira
Campo mangueira e galpão
No baio, pulmão de ferro
Eu coloco a montaria
Ele sente que neste dia
No cumprimento da sina
Vamos riscar as campinas
Nas dobras destas coxilhas
Neste matiz que rebrilha
Colorindo minhas retinas
Enforquilhado no pingo
Levo a vida flor de buena
Com coscôrra e nazarenas
E o berro da criação
Nesta linda orquestração
Que é lenitivo pra mim
Que hei de ter até meu fim
No amor pelo meu chão
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