
Gaita Do Belisário
Tchê Barbaridade
Quando me lembro dos pagos
Nos dias de castração
O laço corria frouxo e o mate de mão-em-mão
O touro bravo berrava pra se escapar do peão
Mas a faca castradeira fazia o serviço no chão
Me lembro da tia Picucha que era surda de um ouvido andava sempre brigando com um fogão velho e entupido
Chegava de meio-dia tava tudo resolvido
Servia pra pionada cuião de touro cozido
Em quanto os homem comiam a velha ficava de pé gritava de vez em quando
Se sirvam o quanto quiser, não usem de cerimonia
Tem mais cuião pra quem quer
Se já comeram a vontade agora é a vez das mulher
E as filhas da Laudelina gostavam de uma brincadeira
Dançavam com todo mundo no surungo a noite inteira
E a gaita do Belizário com fole igual uma peneira
Levantava a saia delas no balanço da vaneira
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