Velhas Casas de Coimbra
Marco Aurélio Vasconcellos
Quando penso em tuas tuas
Não preciso que me contem
Há um céu feito de luas
Há um bairro no horizonte
Há guitarras portuguesas
Reclamando um desamor
E outro amor há, com certeza
A esperar por seu cantor
Velhas casas de Coimbra
Onde a noite jamais finda
Onde a Lua clara e linda
Se debruça nos balcões
Velho reduto do fado
Deixo um verso em teu costado
E te levo em mim, guardado
Para sempre nas canções
Quando às vezes te imagino
Singro as águas do Mondego
O teu norte é o meu destino
Me espera que eu já chego
Há guitarras portuguesas
Junto à voz de algum cantor
E, já sabemos, com certeza
Isto é um fado, sim, senhor
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